Quando as
centrais a carvão lançam fumos em Pequim, a Califórnia tosse.
O tema de
capa da Courrier internacional de junho, edição
portuguesa, é a poluição; a poluição nas grandes cidades.
O título um
planeta sufocado, numa capa a negro e uma foto com tubos a exalarem
montanhas de fumo diz tudo. E dixsa bem claro que a Terra está cada vez mais
escura; o seu futuro está negro, até.
É um dossiê
que reproduz textos dos principais títulos mundiais – The Guardian, International New York Times, Courrier internacional,
The Indian Express, Jinggi Guacha Bao e Take Part.
Lendo os
diferentes trabalhos, assusta ver a torre Eiffel, em Paris, “envolta numa nuvem de partículas” ou
perceber que em Cracóvia, a cidade “do ar imundo” e “enquanto os residentes da
histórica cidade se queixam de tosse e hemorragias nasais, há uma nova lei que
proíbe a combustão de madeira e carvão nos lares”. Ou que Lagos, “a maior
cidade do continente africano, sufoca com partículas mortais, amianto, dióxido
de enxofre e protóxido de azoto”.
Paris já proibiu
(já a partir do próximo dia 1 de julho) os carros a gasóleo, “podendo o diesel
ser proibido em 2020”.
É um
trabalho excelente para guardar – não porque sim, mas porque é uma realidade
séria; para discutir, pensar e, obviamente passar à ação.
Sim, é
nestas alturas que acredito em quem sonha com cidades verdes é quem sabe o que
quer do futuro. E agradeço viver numa que o será brevemente.
Sim, é
nestas alturas que fico terrivelmente assustado com o “futuro de cidades que
querem ser verdes, mas que não param de aumentar a emissão de fumos; cidades
pintadas de negro. Seja em dia de ralis, seja na promoção da combustão em
competição.
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